Essa apresentação nos mostra o retrato do que é uma viagem na classe econômica no trem da Vale, que faz a linha entre São Luis - MA e Parauapebas-PA, chamando a nossa atenção para as contradições de postura da companhia.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Visitas, viagens e experiênias de Campo: relato e alguma cronologia
Acho que minha pesquisa de campo se iniciou na própria mudança para Belém em 5 de janeiro. Depois de mais de dez anos longe, voltar para a sua terra é sempre um conhecido estranhamento. Reviver e ressentir o clima, os afetos, os lugares, a memória presentificada já é uma experiência e tanto, e só não me perdi nesse labirinto porque a pesquisa me deu um fio de Ariadne.
Como estava com uma boa internet e a Universidade estava fechada por conta dos preparativos para o Forum Social Mundial, iniciei em janeiro o trajeto caseiramente. Busquei via net e via leituras, tudo o que poderia levantar sobre o histórico da Vale - corte diacrônico - e também tudo o que era publicado na grande mídia sobre a cia. - corte sincrônico.
O Forum Social Mundial foi a experiência incrível que já descrevi aqui. O tom anticapitalista dominante do evento me fez olhar o reverso do foco desta pesquisa, e foi muito enriquecedor acompanhar todos os discursos, manifestações e mobilizações contra a Vale, além de identificar as opiniões dos representantes do Poder Público, dos Movimentos Sociais (em especial do Justiça nos Trilhos) e das ONGs em relação a Cia.
Em janeiro e fevereiro a Vale lançou uma grande campanha nacional de publicidade enfatizando seu compromisso com a sustentabilidade, e eu salvei tudo para inserir na pesquisa. Esperava ir em março a Paruapebas mas o excesso de chuvas que se estendeu até junho me fez adiar meus planos.
Em abril, por conta de estar literalmente hibernando na biblioteca do NAEA, decidi criar este blog, de forma que pudesse documentar e compartilhar toda a trajetória da pesquisa.
Em maio, fui a São Paulo participar do II Forum de Comunicação e Sustentabilidade e ao Rio, participar do Intercom Sudeste, importantes congressos da área.
Justifico não ter procurado a Vale nesse período porque tinha decidido primeiro ir a Parauapebas e Carajás, fazer um reconhecimento de campo e escutar as pessoas ainda sem ter ouvido a companhia. E foi o que fiz em fins de junho, ao viajar de carro para a região e ter ali permanecido uma semana. A viagem foi importante para reconhecer o campo, mapear os envolvidos com os projetos de sustentabilidade da Vale, conversar informalmente com moradores e pessoas ligadas direta e indiretamente à companhia, além de me localizar geograficamente em relação ao território a ser estudado.
Entre as visitas, destaco as realizadas à serra e ao núcleo urbano, a comunidade de Palmares II (Assentamento do MST), à Estação ferroviária,a casa do Professor, a SEMED e ao Complexo Esportivo Waldir Sorriso em Parauapebas, além da viagem às cidades de Marabá e Canaã dos Carajás.
Agora estão previstas mais duas viagens, a depender das autorizações obtidas junto a Vale. A próxima deve ser agora em agosto.
Como estava com uma boa internet e a Universidade estava fechada por conta dos preparativos para o Forum Social Mundial, iniciei em janeiro o trajeto caseiramente. Busquei via net e via leituras, tudo o que poderia levantar sobre o histórico da Vale - corte diacrônico - e também tudo o que era publicado na grande mídia sobre a cia. - corte sincrônico.
O Forum Social Mundial foi a experiência incrível que já descrevi aqui. O tom anticapitalista dominante do evento me fez olhar o reverso do foco desta pesquisa, e foi muito enriquecedor acompanhar todos os discursos, manifestações e mobilizações contra a Vale, além de identificar as opiniões dos representantes do Poder Público, dos Movimentos Sociais (em especial do Justiça nos Trilhos) e das ONGs em relação a Cia.
Em janeiro e fevereiro a Vale lançou uma grande campanha nacional de publicidade enfatizando seu compromisso com a sustentabilidade, e eu salvei tudo para inserir na pesquisa. Esperava ir em março a Paruapebas mas o excesso de chuvas que se estendeu até junho me fez adiar meus planos.
Em abril, por conta de estar literalmente hibernando na biblioteca do NAEA, decidi criar este blog, de forma que pudesse documentar e compartilhar toda a trajetória da pesquisa.
Em maio, fui a São Paulo participar do II Forum de Comunicação e Sustentabilidade e ao Rio, participar do Intercom Sudeste, importantes congressos da área.
Justifico não ter procurado a Vale nesse período porque tinha decidido primeiro ir a Parauapebas e Carajás, fazer um reconhecimento de campo e escutar as pessoas ainda sem ter ouvido a companhia. E foi o que fiz em fins de junho, ao viajar de carro para a região e ter ali permanecido uma semana. A viagem foi importante para reconhecer o campo, mapear os envolvidos com os projetos de sustentabilidade da Vale, conversar informalmente com moradores e pessoas ligadas direta e indiretamente à companhia, além de me localizar geograficamente em relação ao território a ser estudado.
Entre as visitas, destaco as realizadas à serra e ao núcleo urbano, a comunidade de Palmares II (Assentamento do MST), à Estação ferroviária,a casa do Professor, a SEMED e ao Complexo Esportivo Waldir Sorriso em Parauapebas, além da viagem às cidades de Marabá e Canaã dos Carajás.
Agora estão previstas mais duas viagens, a depender das autorizações obtidas junto a Vale. A próxima deve ser agora em agosto.
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Parauapebas,
Pesquisa de Campo
Cronologia das Entrevistas
As entrevistas talvez sejam a parte mais substanciosa da pesquisa de campo e, por isso, decidi apresentar uma cronologia delas, identificando os entrevistados e onde foram realizadas.
6/2 – Pedro Galvão: publicitário e proprietário da Galvão Propaganda que atende a conta de publicidade da Vale. Na sede da agência, em Belém-PA;
10/2 – Cristiano Moraes da Silva, ex-terceirizado da Vale, que morou por mais de quatro anos em Parauapebas, em sua casa, em Belém-PA;
19/3 – Angela Naiff – Diretora de Mídia da Galvão Propaganda, na sede da agência em Belém-PA;
26/3 – Lúcio Flávio Pinto: reconhecido jornalista paraense, profundo conhecedor das questões amazônicas, na sua casa em Belém-PA;
(Entre abril e maio houve um hiato nas entrevistas por conta das viagens para participar de eventos em São Paulo e Rio de Janeiro e sobretudo porque as primeiras informações obtidas nas entrevistas me fizeram aprofundar a pesquisa por dados e informações na biblioteca do NAEA)
7/6 - Olinta Cardoso: ex-diretora geral de comunicação da Vale no Brasil e atual consultora da Vale para Sustentabilidade. Encontro e troca de informações básicas para futura entrevista, no Anhembi em SP.
19/6 – André Reis: coordenador do IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração no Pará, por telefone.
(Viagem a Parauapebas)
26/6 – Raimundo Guimarães: segurança da estação ferroviária de Parauapebas, terceirizado da empresa Sacramenta, na própria estação;
29/6 – Raimundo Nonato Mendes: vigilante da Escola Municipal de Palmares II – Crescendo na prática e militante do MST – Movimento Sem Terra, na Escola;
6/7 – Kaio Soares: engenheiro ambiental e ex-terceirizado da Vale em Parauapebas, por email.
30/ 6- Simone Vilhena: coordenadora pela Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas (SEMED) do Vale Alfabetizar, juntamente com as colaboradoras Maria Siloé e Kátia Soraya, na sede da SEMED, na sede da SEMED em Parauapebas;
30/6 – Sandra Teixeira: coordenadora pela Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas (SEMED) do Escola que Vale, na sede da SEMED em Paruapebas-PA;
1/7 – Maurício Sampaio Junior: professor de educação física e coordenador técnico do Projeto Escolhinha do Futuro, apoiado pelo FUNDICAP (Fundo de defesa da infância e adolescência) que é mantido pela Vale, na sede do projeto coplexo esportivo Waldir Sorriso em Paruapebas-PA;
6/7 – Jônatas dos Santos Andrade: juiz da 1ª. Vara do Trabalho de Parauapebas, na sede da AMATRA, em Belém-PA;
6/7 – José Maria Quadros de Alencar: desembargador da Justiça do Trabalho, 8ª região, no gabinete dele em Belém-PA;
4/8 – Karla Melo: diretora de Comunicação da Vale no Pará, na sede da Vale em Belém-PA.
6/2 – Pedro Galvão: publicitário e proprietário da Galvão Propaganda que atende a conta de publicidade da Vale. Na sede da agência, em Belém-PA;
10/2 – Cristiano Moraes da Silva, ex-terceirizado da Vale, que morou por mais de quatro anos em Parauapebas, em sua casa, em Belém-PA;
19/3 – Angela Naiff – Diretora de Mídia da Galvão Propaganda, na sede da agência em Belém-PA;
26/3 – Lúcio Flávio Pinto: reconhecido jornalista paraense, profundo conhecedor das questões amazônicas, na sua casa em Belém-PA;
(Entre abril e maio houve um hiato nas entrevistas por conta das viagens para participar de eventos em São Paulo e Rio de Janeiro e sobretudo porque as primeiras informações obtidas nas entrevistas me fizeram aprofundar a pesquisa por dados e informações na biblioteca do NAEA)
7/6 - Olinta Cardoso: ex-diretora geral de comunicação da Vale no Brasil e atual consultora da Vale para Sustentabilidade. Encontro e troca de informações básicas para futura entrevista, no Anhembi em SP.
19/6 – André Reis: coordenador do IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração no Pará, por telefone.
(Viagem a Parauapebas)
26/6 – Raimundo Guimarães: segurança da estação ferroviária de Parauapebas, terceirizado da empresa Sacramenta, na própria estação;
29/6 – Raimundo Nonato Mendes: vigilante da Escola Municipal de Palmares II – Crescendo na prática e militante do MST – Movimento Sem Terra, na Escola;
6/7 – Kaio Soares: engenheiro ambiental e ex-terceirizado da Vale em Parauapebas, por email.
30/ 6- Simone Vilhena: coordenadora pela Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas (SEMED) do Vale Alfabetizar, juntamente com as colaboradoras Maria Siloé e Kátia Soraya, na sede da SEMED, na sede da SEMED em Parauapebas;
30/6 – Sandra Teixeira: coordenadora pela Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas (SEMED) do Escola que Vale, na sede da SEMED em Paruapebas-PA;
1/7 – Maurício Sampaio Junior: professor de educação física e coordenador técnico do Projeto Escolhinha do Futuro, apoiado pelo FUNDICAP (Fundo de defesa da infância e adolescência) que é mantido pela Vale, na sede do projeto coplexo esportivo Waldir Sorriso em Paruapebas-PA;
6/7 – Jônatas dos Santos Andrade: juiz da 1ª. Vara do Trabalho de Parauapebas, na sede da AMATRA, em Belém-PA;
6/7 – José Maria Quadros de Alencar: desembargador da Justiça do Trabalho, 8ª região, no gabinete dele em Belém-PA;
4/8 – Karla Melo: diretora de Comunicação da Vale no Pará, na sede da Vale em Belém-PA.
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