O segundo dia do Forum comprovou a tendência do evento, muito mais tratando da sustentabildiade do que de comunicação. Abaixo, resumidamente, o que aconteceu:
Na abertura houve exibição de uma série de vídeos. O primeiro foi o do dossiê jovem MTV 2009. Como sempre, um vídeo muito bem editado e narrado. Depois vieram os videos dos patrocinadores (o do Bando do Brasil bem mais interessante do que o burocrático da Petrobrás). Em seguida houve uma exibição de um ótimo projeto do Instituto Elos - Guerreiros Sem Armas e sua intervenção no bairro do Paquetá em Santos. Fazia tempo que não via uma ação tão impactante, eles pegaram um área bem degradada do bairro, frequentada apenas por mendigos e vivados em drogas, e fizeram ações com voluntário do mundo todo que, em parceria coma comunidade, conseguiram transformar (não gosto do termo revitalizar) a área, limpando física e espiritualmente, reformarndo, pintando e o mais importante, fazendo a comunidade se reaprorpiar daquele espaço. Em pouco tempo eles conseguiram transformar muito (pena que o video não está no You Tube), mas vale a visita no site deles.
Pela manhã, a mesa foi composta por palestrantes da área politica e da educação, o que foi positivo para pensar as questões macro. Começou com a narrativa do confronto entre Católicos e Protestantes pelo ex-primeiro ministro da Irlanda, e como a comunicação ajudou aquele país a superar o conflito. Ele também não se furtou a pensar e problematizar a questão do Terrorismo como o avesso máximo da comunicação. Em seguida, o prof. dr. André Lazaro, representando o ministro da Educação Fernando Haddad, apresentou muitos dados sobre a educação no Brasil e reforçou que não se pode apenas jogar pedras no quadro educacional brasileiro pois, segundo ele, 97% das nossas crianças estão na escola, ou seja, 48 milhões delas têm escolaridade com acesso também a merenda, transporte, uniforme e material didático. Realmente não é pouco. Ao insistir que a qualidade virá também da quantidade, reforçou que é preciso haver menos partidarização e mais politização do debate. Não sei se foi impressão minha, mas vi um fundo arendtiano na fala dele. Houve também a fala idealista do representante da UNESCO Brasil, Vincent Defourny. Mas ele foi o primeiro a colocar 2 coisas importantes sobre comunicação. A primeira é a importância dos organismos de cooperação internacional que só se realizam pela comunicação, pois esta é a respiração das organizações e das sociedades. E também alertou para as três dimensões da comunicação: a sintática (abrir o canal), a semântica (pensar e discutir o sentido) e a pragmática (pôr em ação). Ele convidou todos a visitarem o site da UNESCO.
Os outros dois palestrantes são ótimos de oratória e suas palestras são sempre muito boas de ver, ouvir e reouvir. Os professores da área da educação Mario Sérgio Cortella e Terezinha Rios rechearam suas falas de ótimas citações e ironias, chegando a ser cartáticas e, por isso, muito persuasivas. Cortella finalizou sua fala citando Rabelais: "Conheço muitos que não puderam quando deviam porque não quiseram quando podiam". Foi ovacionado pela platéia (como de costume). E Terezinha, com sua fala mineira cheia de enrendamentos, pontuou a diferença entre o novo e o original, porque este não é a novidade mas aquilo que vai às origens, aos princípios de raiz. E da diferença entre a Moral, cuja questão é "O que devo fazer?", e a Ética que está mais relacionada as questões como "Que vida quero viver? E quais são as responsabilidades ligadas a essa escolha?". Mineiramente concisa e profunda, não sei se foi muito entendida pela platéia, mas com certeza, foram muito válidas as suas reflexões.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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