terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Viagem Marabá-Parauapebas







Saí cedo, por volta das 7h30, de Marabá. Antes, parei no Posto do Bolinha para abastecer e percebi um fila imensa. Um moto taxista me informa que não há energia e que alguém teria ido ligar um gerador em algum lugar. E, como por milagre, 5 minutos depois, eles voltam a abastecer pq o gerador foi ligado em algum lugar... Aí, vou tentar pagar com o MasterCard e eles me dizem que só o Visa pq os hackers da Marabá são os mais perigosos do mundo e eles clonaram vários cartões. Com um pouco de receio, paguei com o Visa e saí da Cidade Nova rumo a PA-275 (já me sinto em casa em Marabá). Deixo a cidade sem energia, mas não às escuras porque o sol das 8 da manhã já dá claridade de meio dia. A estrada está pior do que em junho, mais buracos, crateras mesmo, e pontes terriveis. Apenas no trecho entre a entrada de Serra Pelada, Curionópolis e até perto de Eldorado dos Carajás, vc vê q eles cobriram com um asfalto meia boca alguns buracos (acho que algum político deve ter passado por lá). Decidi então vir bem mais devagar, no máximo 100km/h pois meu carro tava de dar dó, de tanta poeira e buraco. Perto de Paruapebas, 3 pontes, na verdade desvios, parecem que se tornarão o temporário-permanente, ou seja, a gambiarra institucionalizada de um governo estadual também capenga. Quando começou a se delinear a serra de Carjás no horizonte, senti que me aproximava do santa graal do capital globalizado. A riqueza que essa serra esconde em suas profundezas é o principal motivo que fez muitas das pessoas virem pra cá, viver e ganhar a vida. Enfim, por volta das 11h30 chego a Paruapebas e , qual supresa?, aqui também não havia energia. Venho direto pro condomínio onde mora minha prima, que me dará pouso esses dias. Domingo almoçamos um ótimo macarrão que ela fez e à noite fomos ao centro espírita para uma palestra. Trata-se de um lugar muito humilde mas onde me sinto muito bem, e foi ótimo ouvir as palavras do evangelho. No próximo post, conto um pouco da trajetória aqui em Pebas.
Peço desculpas por não postar imagens mas esqueci o cabo de minha máquina em Belém. Assim q voltar, vou inserir as imagens.

Um comentário:

  1. A nossa realidade é difícil mesmo. Estamos abondonados a própria sorte. depois da tentativa frustada de separação do estado a presença do governo nesta região que já era diminuta se tornou totalmente nula. Nossa região é Pará só no mapa, na prática é sem lei e sem benefícios onde o mais forte resiste. Aqui é exatamente o lugar onde melhor se observa a Seleção Natural. Viva quem puder.

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